A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

quinta-feira, 16 de junho de 2011

No tempo da vó

Era moça de família, criada no interior.
Namoro, só na sala junto com o caçulinha.
O pai queria jantares com toda a familia
Para conhecer a índole do namorado.
Dez horas era o limite da volta ao cinema
Sem tempo para um sorvete na praça.
Um beijo roubado, durava segundos
E a mão boba tocando o seio de raspão
Vibrava no corpo como bomba relógio
Prestes a explodir de emoção.
Eram tantos cafèzinhos e suspiros fundos
Que o jeito era casar ou desistir de vez
Desanimados por tanta proibição.


No fim,tudo deu certo e tocaram a vida
Até que a morte os separasse.
Nunca soube se foram felizes de verdade.
Ela nunca falava sobre isso...
Segredos do coração.


-Helena Frontini-

Um comentário:

Ulisses Reis ® disse...

Gosto muito do Sentimentos que aqui deposita e fazia muito tempo, estava em falta contigo e também amo ler e fazer minha releitura dos poemas divinos que sei que no teu Blog encontro, tenha um lindo fds, beijos !!!

A Moça

Era moça, mas não de família
Mas tinha virtudes de uma rainha
Nunca se deixou enganar, virtude
Pois sabia o que vira depois da juventude
Então se resguardou e estudou
Virou enfermeira e nunca se doou
Tinha uma índole não questionável
Com todos sempre foi amável
Não se tocava na boca de namorado
Mas a mão de leve ficou apaixonada
E por ele foi amiga e confidente
Ele era moço que muito trabalhava
Juntaram dinheiro e construíram a vida
Tinham paixões sempre suspiravam
E a faculdade os dois se uniram
Casamento sem muitos artifícios
Pois a labuta continuava como oficio
Na formatura os dois dançaram muito
E até aqui tudo de bom, não reclamavam
E a sorte e o esmero trouxeram o que amavam

Ulisses Reis®
16/06/2011

Para Mariza Alencastro