A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O fim da Tormenta

Parou a ventania,
As estrelas dormentes, fatigadas,
Cerram à luz do dia
As misteriosas pálpebras doiradas.
Vai despontando o rosicler da aurora;
O azul sereno e vasto
Empalidece e cora, 
Como se Deus lhe desse
Um brando beijo luminoso e casto.
A estrela da manhã
Na altura resplandece;
E a cotovia, a sua linda irmã,
Vai pelo azul um cântico vibrando,
Tão límpido, tão alto, que parece
Que é a estrela no céu que está cantando.

Guerra Junqueiro

Nenhum comentário: