Tela de Charles Curran
As folhas caem, de muito longe
envelhecidas no céu, em longínquos jardins,
caem: é como um gesto de recusa.
E nas noites a terra pesada cai
fora das estrelas, em plena solidão.
Caímos todos. Cai a mão.
E vemos as outras. Dá-se o mesmo em todas elas.
Entretanto há alguém que sustêm essas quedas,
com infinita doçura, entre suas mãos.
*
Rainer Maria Rilke
in Antologia Poética
Tradução de Antônio Roberto de Paula Leite
Um comentário:
Palavras soltas como pássaros de asas abertas que não possuem
destino, nem desatino, apenas pulsam em voos livres... Pois que
voem livres as palavras, que ecoem em canções e gemidos. Em
pranto e prece, até que se calem todas as feridas, todas as iras...
Que a palavra finalmente expressa, seja livre, doce e calma.
Definitivamente liberta...
Sonia Schmorantz
Amor & Paz na sua noite!Beijos!...M@ria
Postar um comentário