A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Mar e Vento

Mar e vento. É o que somos. Mar, com
profundidades abissais, com tormentas, e com a 
infinita inquietação prisioneira. Vento, com ânsia
e o destino da liberdade igualmente infinita.

Mar e vento não seriam completos, um sem o
outro. A realidade que na vasta natureza tanto
nos comove não é apenas o mar, ou o vento.

É o vento fundindo-se no mar. As ondas são
vento liquefeito, e o vôo do vento é uma medida
das solidões do mar.

Na vasta natureza, e na vastidão do que somos,
o que nasce desse encontro é a cantiga. O vento
e o mar fundindo-se numa queixa única, e infinita.

A cantiga é sempre queixa, e sempre queixa infinita.
Mesmo se fala de deslumbramento.

Tasso da Silveira


Um comentário:

Unknown disse...

Estou colhendo cada gota de esperança pra transbordar em versos de felicidade.

(Sirlei L. Passolongo)

Beijos e o meu carinho....M@ria