A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

sábado, 6 de novembro de 2010

Manda-me pelo vento

Tela de Edward Cucuel
manda-me verbena ou benjoim no próximo crescente
e um retalho roxo de seda alucinante
e mãos de prata ainda (se puderes)
e se puderes mais, manda violetas
(margaridas talvez, caso quiseres)

manda-me osíris no próximo crescente
e um olho escancarado de loucura
(em pentagrama, asas transparentes)

manda-me tudo pelo vento:
envolto em nuvens, selado com estrelas
tingido de arco-íris, molhado de infinito
(lacrado de oriente, se encontrares)


Caio Fernando Abreu

2 comentários:

Milene disse...

Que coisa mais linda!!!
Bjs,Luna

ANTOLOGIA POÉTICA disse...

A saudade caminha no espaço
ao sabor do vento,
escrevo sem destino certo
as linhas da emoção,
guardadas no coração.

AMARILIS PAZINI AIRES

Boa Noite e Feliz Semana!M@ria