A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Solidão

Hei-de lembrar-te ainda, quando o vento
tiver varrido as folhas da memória
e nada mais couber na nossa história
de amor do que o direito ao esquecimento.

Hei-de lembrar-te ainda, quando a dor
das horas em que não estive contigo
tiver passado, exorcizando o perigo
de me render a outra dor maior.

Hei-de lembrar-te ainda, quando não
souber mais quem tu eras, solidão.


Torquato da Luz

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