A emoção é como um pássaro,
quando se prende já não canta

sábado, 2 de outubro de 2010

Fragmento

"[...] ponha a a saia mais leve, 
aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com 
margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. 
De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e 
descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios 
para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse 
em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão 
estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de 
borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e
palavras de galanteria."


Artur da 
Távola

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