Tua figura suave
delicada
nem parece que vive, parece bordada,
- como a boneca de seda de um desenho
de uma antiga almofada
que eu tenho...
Teus gestos, teus embaraços
fazem lembrar finos traços
de uma filigrana,
e tão frágeis me parecem, tuas mãos, teus braços,
que nem sei se és de carne ou se és de porcelana...
Bonequinha de louça
linda moça,
tua alma é um fio de seda, estou bem certo,
e a minha imaginação
criou para o teu destino uma lenda encantada:
- jura que tu fugiste de algum livro
e que eras a ilustração
de uma história de fada !
Poema de JG de Araujo Jorge
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