Talvez não houvesse nada
neste sonho: a margem a descer
para o rio, o bosque de onde
não saía o lobo, uma luz de inverno
a escorrer pelos braços. Mas
havia o céu sem um pássaro,
a distância sem um som,
a corrente parada enquanto
o tempo não passava. E
tirei o sonho de dentro da cabeça
com uma agulha, como se
comesse um caracol.
(Nuno Júdice)
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